Sabe o que é a sensação de saber que é ele o cara logo na primeira
troca de olhares?
Pois é, foi isso
que senti na primeira vez que vi aquele garoto, sentado na primeira carteira de
uma sala da sétima série. Alguma coisa me fez percorrer rapidamente o olhar por toda a classe e focar naquele
menino, que me olhava com um olhar curioso, enquanto o coordenador me
apresentava e dizia que eu era a aluna nova.
Minha prima já havia me contado do mais gato da escola e
quando o vi, pensei: é esse. E na minha cabeça de pré-adolescente, imaginei que
com certeza ele tinha milhares de fãs e uma namorada para cada dia da semana.
Surpresa foi a minha quando, ao conversar com as outras
meninas da turma, descobri que ele era
apenas mais um garoto da escola. Sem fãs, sem namoradas, sem admiradoras,sem
popularidade.
Ele ainda não sabia, mas eu era sua admiradora. Toda vez que
ele ia na frente da sala apresentar algum trabalho, eu ficava mentalmente
torcendo para que não engasgasse em nenhuma palavra, e caso engasgasse, eu
falaria baixinho para ajudar.
Mas o garoto além de não ser o mais popular, ainda era muito
irritante. Parece que ele havia me escolhido para ser o alvo de todas as
brincadeirinhas de mau gosto que ele resolvesse fazer. Alfinete na cadeira, pé
na frente do meu caminho, e apelidinhos do nível “tigela de gelatina” eram a
nossa rotina. Ele me iritava, eu retrucava, ele me irritava, eu ignorava por um
tempo depois corria retrucar. Tanta implicância geraram boatos de que ele
gostava de mim. “Rá, imagina gente. Ele, gostar de mim? Aquele menino me odeia!”.
E foi então que aconteceu. A minha amiga mais
próxima se apaixonou por ele e me fez jurar que, se aquele boato fosse
verdadeiro, eu não ficaria com ele. Prometi e cumpri.
Mas ela saiu da escola. E acho que a promessa foi na bagagem...
porque quando aquele dia que eu e ele saímos da sala nos estapiando e um menino
da sala cantou: “Beija beija tá calor tá calor” “éee tapa de amor não dói
hein!!” eu já sabia que ele iria habitar as páginas do meu diário por muito
tempo.
Nos beijamos nos dias após eu fazer uma cirurgia
ortodôntica: no popular, tirei 2 cisos de uma vez. E mesmo com a recomendação
de não fazer esforços com a mandíbula com o risco de arrebentar algum ponto, a
gente se beijou. E foi estranho e engraçado. Não tínhamos o menor jeito pra coisa.
E foi aí que as coisas desandaram. Desde aquela época, em
que demos o nosso primeiro beijo as coisas deixaram de ser tão naturais e
espontâneas. O acaso não fez mais parte da nossa história. Não que a história
de amor com meu garoto da sétima série tenha sido um desastre! Longe disso! Com
ele tenho as melhores lembranças, as risadas mais gostosas, as lágrimas mais
sinceras, os sentimentos mais intensos. Mas eu sei que a minha ansiedade por
viver um conto de fadas de filme atrapalhou um pouco as coisas. Me preocupei
demais que a nossa história se parecesse com um livro ao invés de vivê-la
intensamente.
E parece que desde quando a gente se conhece, pegamos a
mania de sempre arranjar uma intriguinha, uma provocação, uma briguinha para
estar perto um do outro.
Talvez a minha história seja um pouco diferente dos contos
de fadas comum. Tem personagens demais e páginas que eu gostaria muito de
arrancar sem deixar vestígios.
Mas apesar de todos os capítulos indesejáveis, é a MINHA
HISTÓRIA.
*-* own, que lindos. enquanto lia, eu pensei o que eu escreveria ao contar a minha... claro, seria um desastre do começo ao fim haha.
ResponderExcluirAdoro saber que mesmo pra outros, historias de amor existem !!
onwwww mesmo!
ResponderExcluircasos e casos de amor né? sempre encantam!
Thu, tá desculpada por sumir do blog tá? haha
adorei seu blog, tá super aconchegante!
Alias, respondi um meme, e também repassei um selinho ;D
seu blog tá indicado viu? vê se responde tudo!
super beijo!
http://semprequisterumassim.blogspot.com/2012/02/onze-coisas-tag-selinho.html
ps.: já mudei a categoria "pro lado" haha
Thuany, você deveria escrever mais sobre seus pensamentos, suas coisas... amei o jeito que você escreve! Imagino pelo que você passou, passei por algo parecido... quem sabe um dia eu não escrevo, né?!
ResponderExcluirÉ sempre assim, por mais que tenha "acabado", o primeiro amor a gente nunca esquece!
http://bolasdemeia.blogspot.com/
amei o texto, amei amei mesmo. Poderia estar em um livro *-* Tão lindo ♥
ResponderExcluirVi ao vivo e em cores...
ResponderExcluirLinda a forma como você escreve. {:
ResponderExcluirMais bonita ainda é a história, a vida real é assim, tem uma forma estranha de recontar contos de fadas de um jeito diferente, mas tempestuoso e nem sempre tão feliz pra quem vive, mas isso não quer dizer que seja menos encantador, só a lembrança já vale. Espero que a sua história não termine, que de alguma forma aconteça uma magia bonita no meio do caminho.
p.s.: Que bacana o que você escreveu sobre cactos lá no blog, eu não sabia dessa crença. Por coincidência, os cactos aqui em casa também ficam bem próximos da entrada da casa, ficam na soleira da minha janela no quarto, pelo lado de fora. Um dos meus cactos é desse que você disse que tem aí na sua casinha, que fica bem grandão, mas o meu mantenho no vaso, exatamente pra ele não crescer tanto assim, tenho pensado se passo ou não ele para o jardim, no cantinho do muro. {:
Bisous.
Nossa Thu mt linda..apesar de eu já ter escutado várias vezes (: Eu nunca me canso..pois é uma história bonita e que dá motivação pra ler!A sua história é um livro grande que no futuro se podera contar para seus netos..como foi a sua história..grande,com obstaculos,dificil..mais vc lutou..a sua coragem,bravura fizeram você crescer..e nunca deixar de desistir de seus sonhos!
ResponderExcluirBeijocas :*
Cara, sério que é sua história? é muito lindo, eu amei. AMEI MESMO! Sabe... ÁS vezes os contos de fada são patéticos. Muito perfeitinhos. A vida real é muito melhor. Mais cheia de desafios, de aventuras. Eu me identifiquei com sua história. E acho que é assim, as coisas as vezes se parecem. Acho que vou escrever a minha também, e tirar essa coisa só de dentro da minha memória.
ResponderExcluirAmei. Bjo
http://nosmeus16.blogspot.com