Aos 13 anos, eu queria que você, além de apaixonado por mim, também fosse o garoto mais popular do colégio. Aos 14, queria a aprovação das minhas amigas. Queria que fosse menos ciumento. Queria que fosse jogador de futebol. Queria que usasse luzes no cabelo. Aos 15, queria que você gostasse das mesmas músicas que eu e que fosse ambicioso. Aos 16, queria que pudesse dirigir. Queria que fosse mais surpreendente. Aos 17, queria que gostasse de dançar, sair, quebrar as regras. Queria que detestasse futebol. Queria que gostasse de academia. Aos 18, queria que você fosse mais descolado. Como eu queria que você me buscasse na sexta em casa e só me devolvesse na segunda. E nós passearíamos por todo tipo de lugar.. a casa noturna mais popular e bem frequentada da cidade até o bar mais escondido. Dormiríamos em alguma praia e veríamos o nascer do sol. Tudo sem planejar. Improvisado.
Mas agora, não quero mais nada disso. Nem luzes no cabelo, nem o conjunto camisa +camiseta, nem corrente no pescoço, nem ambição, carro, festas.
Quero você assim, exatamente do jeito que você é.
Pode vir pra presente, desse jeitinho mesmo. Com a camiseta de pijama (aquela velha de uniforme que você guarda apenas para me afrontar), com o rosto amassado de sono, a barriguinha saliente. Pode trazer o video game e o uniforme do Palmeiras. Se quiser também uso o meu. Não precisa ouvir minhas músicas nem gostar de Maria Gadu. Tudo bem se você não gosta de ler meus livros românticos. Se quiser posso te ensinar a desenhar um coração e você me ensina a dirigir. Podemos cantar juntos enquanto dirige e ir à missa todo domingo. Eu não me importo se não pudermos ir ao parque aos sábados de manhã. Não me importo mesmo. Se você não quiser entrar na dieta comigo, tudo bem. Pode comer com colher e preferir Toddy à Nescau. A gente pode deixar a cama desarrumada o dia todo se não se importar. Podemos comer ovos mexidos no café da manhã, polenta no almoço e Petit gateau de sobremesa.
Podemos ficar o dia todos sem fazer nada. Ou fazer tudo, você escolhe. E quando recebermos um convite para 'a festa imperdível' pode deixar que eu mesma agradeço e recuso. Posso te encher de cócegas e cobrir de beijos. Posso ser sua, para sempre.
Hoje eu não quero que você seja mais nada. Apenas assim, exatamente do jeito que você é.
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Lindo post Thuany! Parece que me vi nessa situação (parcialmente), exigia tanta coisa do meu ex que agora que não o tenho mais, me arrependo por ter sido tão exigente. Não que eu o obrigava a fazer as coisas, mas sabe aquelas atitudes de mulher mimada, meio criança? Então...Bom, agora que não o tenho mais, não adianta ficar "chorando as pitangas" tenho certeza que tudo isso que aconteceu serviu de experiência para que nós não repitamos nos próximos relacionamentos né? Adorei o seu comentário no meu blog, fiquei muito feliz por vc me considerar uma amiga, tenha certeza que é recíproco =) estou me sentindo melhor desde os últimos posts que falei sobre o ex, mas ainda não o esqueci completamente...é muito triste, mas torço para que passe logo =) fica bem vc tbm tá? Beijocas!
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